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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Doação de sangue e solidariedade

Muita gente não sabe, mas os animais também podem precisar de transfusão de sangue por causa de um acidente ou de alguma doença. E muitas vezes é difícil encontrar um doador, seja por falta de informação dos donos ou por medo de que o animal doador fique debilitado. Se muitas vezes nós vemos que é difícil para os humanos conseguirem doadores, imagine para cães e gatos? 
Se você tem um gatinho sadio, que pese mais de 5 kg e que nunca recebeu transfusão sanguínea, ele pode doar sem problemas. Além disso, os veterinários indicam que outros requisitos são: estar com vacinas e vermífugos em dia; não ser positivo para FIV (imunodeficiência felina), FeLV  (leucemia felina) e micoplasma; de preferência ser um gato de apartamento (menos suscetíveis a contato com gatos de rua);  e no caso de fêmeas, não estarem prenhes e nem no cio. Você pode saber mais aqui: http://petcare.com.br/blog/animais-tambem-precisam-de-transfusao-e-podem-doar-sangue/ e aqui: http://www.hemoterapet.com.br
Há algum tempo recebemos o chamado de uma veterinária para saber se algum de nossos gatos poderiam doar sangue para um paciente que estava precisando, e o Melancia foi até a clínica para atender o pedido. O gatinho que precisava de ajuda era o Marcus, que tinha sido adotado há pouco tempo. O Marcus tinha uma vida muito feliz na casa nova, mas ele tinha diabetes e isso não havia sido detectado até o momento. Apesar de todos os esforços da família, a saúde do Marcus piorou e ele precisou da transfusão.

Marcus e a família no dia em que foi adotado
Melancia doando sangue para o Marcus
Infelizmente o Marcus não conseguiu vencer a doença, o que deixou todos (família, veterinários e nós) muito tristes. Depois dos dias de luto e após conhecer o Melancia, a família decidiu adotá-lo. Hoje o Melancia tem família, casa, amor e mais dois irmãozinhos felinos. Apesar da história triste e difícil do Marcus, temos certeza que após a sua adoção, e pelo restinho da sua vida ele foi feliz e fez a família feliz. E, seguindo o exemplo do Melancia, que foi tão solidário com o Marcus, esperamos que mais e mais donos de gatos possam seguir o exemplo e levar seus animais para serem doadores.

Melancia curtindo a casa nova

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Seja responsável ao adotar!

    Às vezes é preciso quase que desenhar para as pessoas entenderem o real compromisso que é ter um animal. Quando dizemos que os animais são como filhos, não queremos que você humanize seu gato ou seu cachorro, apenas que você entenda que amor, cuidado e respeito não é algo que nasce com a paternidade/maternidade, é algo que nasce com convivência, carinho e atenção.
         Alguns gatinhos que foram adotados no Viva Gato foram devolvidos após dias, meses e até anos, e alguns deles pelos motivos mais absurdos possíveis, e isso nos motivou a escrever esse texto. Será que as pessoas esquecem que os animais são seres vivos que têm sentimentos e vão sofrer com a separação? Muitos estudos científicos já provam a inteligência e sensibilidade dos animais.

A Purpurina foi devolvida ao Viva Gato e ficou quase um mês deprimida. Não queria
sair do quarto e nem comia direito. Agora ela está bem melhor e aguarda uma nova chance.
       
       Sempre que doamos um gatinho somos muito rigorosos na triagem, fazemos várias perguntas e somos exigentes em relação ao espaço que o animal vai ficar. Mesmo assim, infelizmente algumas vezes erramos na escolha dos adotantes. Mesmo com orientação e acompanhamento alguns gatos voltam para a gente com alegações do tipo: “ele está saindo muito para rua, fico com medo”, “ele chora muito quando fica dentro de casa, os vizinhos reclamam”, “vou me mudar e não posso levar ele comigo”, entre outras desculpas que envolvem medo de doenças, gravidez, alergias repentinas, culpam o cachorro, o marido, a avó, tem de tudo um pouco.

Sushi (esquerda) e Yumi (direita) são irmãos e foram adotados juntos.
Depois de algumas semanas foram devolvidos. Os dois ficaram muito tristes e mudaram
seu comportamento. De gatinhos super carinhosos e amáveis, eles passaram a ficar tímidos
com as pessoas. Agora já voltaram a ser como eram antes, e aguardam adoção responsável.

        Um gato pode viver mais de 14 anos, todos são avisados sobre isso no ato da adoção. Se você adota é para a vida toda, adoção não é empréstimo, não é passatempo, você não tem o direito de alterar a vida de um animal apenas por capricho. É claro que eles dão trabalho, pode ser muito ou pouco. E para todas as desculpas existe uma opção se você for um adotante responsável. Dificuldade todo mundo passa e isso deve ser pensado e planejado antes da adoção. Quando tiver um problema com o seu gato faça uma pergunta a si mesmo: “E se fosse o meu filho?”. Pronto, a resposta aparece e tudo que você precisa para resolver a situação vai ficar mais claro.
     Adote sempre pensando e incluindo o seu animal na sua vida. Adote sempre considerando o tempo de vida dele, a sua disponibilidade de tempo e dinheiro pra cuidar dele. Tenha sempre planejado o que fazer quando precisar viajar ou se ausentar. Ou seja, planeje sempre tudo porque mesmo que você viva sozinho e adote um gato, isso já te torna parte de uma família, que podem conviver e ter belas histórias juntos por muitos anos.

Teryaki (esquerda) foi adotado no início do ano. Seus adotantes já tinham uma gatinha resgatada, a Teresa (direita).
Agora ele foi devolvido ao Projeto Viva Gato, e "de brinde" veio a Teresa. Ela ainda está muito triste, e não quer sair
do quarto. Mas temos certeza que ela vai se recuperar. Os dois aguardam uma nova chance na casa do Viva Gato.

        Lembre-se, você adota uma vida e não um objeto. Você será o único responsável por ele. Ele irá te amar, te esperar e confiar em você. E não esqueça: eles nunca desistiriam de você.

         Pense nisso antes de adotar e cuide bem dos que precisam de você!!